José Aguilar Dalvi (Conceição de Castelo, 17 de setembro de 1943 – Vitória, 11 de janeiro de 2019), como muitas das crianças de sua região de imigração italiana, cursou o primário e o ginásio no Instituto Salesiano de Anchieta, em Jaciguá, Cachoeiro de Itapemirim-ES. Depois, concluiu o clássico, passando por três colégios em Minas Gerais (Instituto Benjamin F. Guimarães, Instituto Tenente Ferreira, em Barbacena; e Colégio São João, de São João Del’Rey). Neste último, foi seminarista e passou a estudar Filosofia.
Ainda em São João Del’Rey, concluiu o curso de Pedagogia, na Faculdade Dom Bosco. Na sequência, foi para São Paulo estudar Teologia, com dedicação integral (1970) e em Belo Horizonte (1971). Mudando seu rumo, fez habilitação em Orientação Educacional na UFES, onde também cursou o mestrado em Política e Educação Escolar, concluindo em 1994.
Sua atividade profissional, como professor, começou no nível ginasial, no Colégio São João Del’Rey, em 1967. Depois, passou pelo Instituto Salesiano, em Jaciguá (1968 e 1969) e chegou à Faculdade de Filosofia Madre Gertrudes de São José (1972 a 1975), até estender-se à UFES. Também exerceu a orientação educacional em várias escolas, públicas e privadas, e foi membro da Comissão de Encargos Educacionais e do Conselho Estadual de Educação, representando a UFES (em 1988 e 1989).
Dalvi participou de diversos seminários, cursos e congressos, principalmente na sua área de orientação educacional. A eleição para a presidência da UPES aproximou-o mais ainda da política do magistério e passou a frequentar assidua ativamente os congressos da Confederação dos Professores do Brasil (1983, 1984, 1986, 1987).
Foi candidato a deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, embora não tenha conseguido se eleger, mas suas duas gestões a frente da UPES caracterizaram-se pelos confrontos tensos contra os governos do PMDB, quando dirigiu sucessivas greves. Enquanto alguns ressaltavam que a entidade havia consolidado sua autonomia em relação aos governos, outros a acusavam de partidarizar-se. Como resposta, Dalvi defendia o direito de todo professor filiar-se a um partido político, mas resguardando a sua entidade da partidarização do seu movimento de classe. O que não significava que se obstivesse de praticar uma política educacional crítica, transformadora e em defesa da valorização dos professores.