Rogério Medeiros, nascido em Vitória, aos de 12 outubro de 1935, é um jornalista alternativo e intelectual orgânico, militante político contra a ditadura, folclorista, cineasta-documentarista e escritor, fundador do Sindijornalistas-ES, do Partido dos Trabalhadores no ES, do nanico da imprensa alternativa capixaba “Posição” e do jornal eletrônico Século Diário. Profissional premiado, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, possui mais de 60 anos como fotojornalista registrando a diversidade da cultura capixaba, como intelectual militante junto aos movimentos sociais populares (Ticumbi, congo, quilombolas, etc) e povos originários (Guarani, Tupinikim, pomeranos) e na defesa dos Direitos Humanos.
Primeiro fotojornalista do Espírito Santo, repórter de jornal e fotógrafo especialista em fotos preto & branco que começou a trabalhar no início dos anos 1950 como auxiliar de campo do famoso botânico Augusto Ruschi (1915-1986)”, tem extenso currículo no jornalismo brasileiro, tendo passado por veículos como o “Estado de São Paulo”, jornal “A Gazeta” (como editor-chefe), diretor de “O Diário da Rua 7”, além de ser correspondente no Espírito Santo para o “Jornal do Brasil” (JB), por 24 anos.
Acumula passagens na política partidária regional em cargos estratégicos como de vice-Prefeito eleito por Vitória, na chapa de Vitor Buaiz, pelo PT, em 1988 (gestão entre 1989-1992). Como vice-prefeito de Vitória, peitou a estatal Cia. Vale do Rio Doce por poluir o ar da cidade com suas usinas siderúrgicas”. Depois, Medeiros foi nomeado Secretário Estadual da Fazenda na gestão do agora Governador, Vitor Buaiz, entre 1995 e 1998.
No jornalismo literário, Rogério Medeiros tem publicado os livros: “Espírito Santo, Encontro das Raças” (1997), “Espírito Santo, Maldição Ecológica” (1983), “Tradições Populares no Espírito Santo, com textos de Hermógenes Lima da Fonseca” (1991), “Ruschi, o Agitador Ecológico” (1995) e “Um Novo Espírito Santo – Onde a Corrupção Veste Toga”, em parceria com Stenka do Amaral Calado (2010).
De suas premiações, participou da equipe que levou o prêmio Esso de 1976, com “Mordomias” e o Prêmio Estado de São Paulo com “Os Últimos Tupiniquins”, reportagem escrita em parceria com Marcos Faerman.
De seus documentários constam: “Xamã Tatatin Ywa Retée – da nação Guarani” (roteiro e direção), “Adeus Biju – tragédia sobre os quilombolas do norte do Espírito Santo” (roteiro e direção), “Energia Negra – painel de folclore do Estado do Espírito Santo” (roteiro e direção), “Ticumbi de São Benedito (direção: Orlando Bonfim Neto/ roteiro: Rogério Medeiros), “Itaúnas, A Cidade de Areia” (direção: Orlando Bonfim Neto/ roteiro: Rogério Medeiros), “Canto para Liberdade – A Festa do Ticumbi” (direção: Orlando Bonfim Neto/ roteiro: Rogério Medeiros), “Mestre Pedro de Aurora – Cantador e Pessoa” (direção: Orlando Bonfim Neto/ roteiro: Rogério Medeiros) e “Mestre Antonio Rosa – Mestre de Banda de Congo” (direção e roteiro: Rogério Medeiros).
Ainda, realizou as exposições fotográficas: “O Espírito Santo em Preto e Branco” (Centro Cultural da Justiça Eleitoral – RJ/2009, e Galeria Francisco Schwartz – ES/2008), “Folclore quilombola” (Porto de São Mateus), ES-2007, “Os Sobreviventes das Areias” (Centro Cultural da Justiça Federal – RJ/2007), “Parque Estadual de Itaúnas” – 2006, “Um Olhar sobre o Estado” na Galeria Santa Luzia – Vitória-ES e “Naturalista – homenagem ao naturalista Augusto Ruschi” no Museu Melo Leitão (1990 – 2003).
Enfim, a atuação de Rogério Medeiros, com visão progressista em diferentes espaços de intervenção política confunde-se com a história do Espírito Santo.