Maurício de Oliveira (Vitória, 1925 — 2009) era filho de pescador e passou sua infância na região da Praia do Suá, onde já começou a se dedicar à música através do aprendizado do violão com seu irmão mais velho.
Em 1952, lançou sua primeira obra, o “Compacto simples”, com as músicas “Ardiloso” e “Esplanada”, por uma gravadora capixaba.
Considerado um grande violonista brasileiro tem uma vasta obra que conta com aproximadamente duas dezenas de discos, com destaque para um álbum que gravou, em 1967, pela Odeon/London, interpretando Villa Lobos, contendo os Estudos, Prelúdios e a Suíte Popular Brasileira.
No decorrer de sua vida artística, recebeu diversos prêmios, entre eles, o 2º lugar no Festival Internacional do Violão, em 1955, em Varsóvia, além de um prêmio da Fundação Cultural do Espírito Santo, por sua contribuição ao desenvolvimento da música capixaba.
Foi professor de violão e diretor da Escola de Música do Espírito Santo, sendo considerado o mestre de vários “chorões” da cidade de Vitória e uma das personalidades mais importantes na história da música popular do Espírito Santo. É autor de obras como a “Dança do Chico Prego”, homenagem ao personagem Capixaba e Canção da Paz e, em 2006, recebeu o Prêmio “Taru” (vocábulo de origem indígena que significa lua), criado pelo artista plástico Nena.
Apresentou, em 2008, os primeiros sintomas do Mal de Alzheimer, vindo a falecer em Vitória em 1º de setembro de 2009.
Logo após seu falecimento, em sua homenagem, a Faculdade de Música do Espírito Santo passou a se chamar Faculdade de Música do Espírito Santo “Maurício de Oliveira” e, em 2010, foi instituída por meio de decreto municipal a “Comenda Maurício de Oliveira”, criada como forma de reconhecimento e gratidão à obra do maestro.
Em 2016, foi eternizado na sua cidade natal com um monumento em bronze do escultor Fernando Poletti, na Praia de Camburi.